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Tuesday, March 8, 2016

4 sinais que você está tendo um esgotamento nervoso

Esgotamento nervoso” é o termo utilizado para o estado em que as coisas chegam ao limite e você tem dificuldades para ter uma visão positiva da vida. Recentemente o termo “burnout” tem sido mais utilizado para nomear o esgotamento, mas este último se refere mais especificamente a colapso nervoso secundário a estresse no trabalho.
Qualquer o rótulo utilizado, o sentimento é de exaustão, desesperança e uma sensação de paralisia.

O estresse crônico que geralmente causa o esgotamento é alto, excitatório e caracterizado por sentimento de “alerta constante”. Altas demandas de estresse não causam necessariamente esgotamento ou burnout mas podem “sobrecarregar o sistema”. Essa demanda não é causada apenas pelo trabalho ou a família, mas também pelas expectativas sobre nós mesmos e que deveríamos estar fazendo algo útil nos períodos de descanso. Não entender que precisamos de descanso e recuperação é um hábito que aos poucos reduz nossa energia e recursos mentais.

Se você reconhece alguma das seguintes frases, é hora de priorizar o descanso:
Não consigo mais (lidar com isso)” – para os mineiros, “não dou conta mais”
Tudo está intenso demais
“Só quero fugir/dormir/me esconder/ficar no quarto
Me sinto no limite

Os sinais abaixo são comumente vistos antes de um esgotamento nervoso. Seu médico pode avaliar a situação e reconhecer outros padrões.

1. Fisiológicos

a.    Dores no corpo e estar sempre gripado/doente
b.    Problemas digestivos: inchaço, constipação e diarreia
c.    Desejo por doces e estimulantes

Como se ajudar:

Sente-se para se alimentar e use as pausas de alimentação como pontuações em um dia agitado.
Ter tempo para focar no alimento (pare de mexer nesse celular no horário das refeições!) ajuda o corpo e a respiração a relaxar. Escolha alimentos saudáveis (frutas) para reduzir o desejo por açúcar.

2. Comportamento físico

a.    Postura ruim
b.    Respiração superficial
c.    Reações a sons, luzes e movimentos súbitos
Um de nossos mecanismos de proteção é nos curvarmos para proteger o abdome. A postura cabisbaixa e encurvada é constantemente vista no estresse crônico, na depressão e burnout. Outros sintomas comuns são a sensação de estar constantemente alerta e assustar-se fácil; sinais que há liberação de estratégias de sobrevivência frente a um possível ataque.

 Como se ajudar:

Procure encontrar um pouco de paz e tranquilidade sempre que precisar, removendo-se de uma situação estressante para depois retomá-la. Sentar-se adequadamente ajuda a pensar com mais clareza e melhora a capacidade respiratória, ao alinhar o tórax e o diafragma.
Se sentar na sua estação de trabalho/estudo colabora para sua má postura, faça pausas regulares para andar e esticar-se. Se você pode andar lá fora, ver o verde é sempre mais relaxante, mesmo que seja apenas um jardim.

  3. Aspectos emocionais

a.    Monólogos e diálogos internos acelerados
b.    Reações dominadas pelo medo, sensibilidade maior à opinião dos outros
c.    Cansaço generalizado, medo de relaxar
O estresse é uma resposta excitatória que aumenta a energia para a motivação e foco no intuito de realizar/terminar tarefas. Também é um modo de sobrevivência, promovendo uma visão geral de medo para garantir a proteção do indivíduo. Ansiedade, desespero e medo do futuro podem ser os sentimentos dominantes e atrapalhar nossas decisões e ações, nos mantendo em ciclos viciosos que alimentam o estresse.

 Como se ajudar:

Segurança é a palavra chave: procure refúgios (lugares e situações onde se sinta confortável, calmo e acolhido) para relaxar a mente e o corpo. Não importa se é tempo com um bom amigo, banhos demorados, andar no campo ou conversar com seu terapeuta. Esses atos de gentileza consigo mesmo convencem a mente que você não precisa ficar trancado no estado de hipervigilância.
Sua mente está tentando te proteger de um perigo em potencial. Fale com alguém que tenha objetividade na vida para ajuda-lo a ver com mais clareza. Procure cursos de relaxamento ou meditação para ajudar.

  4. Atitude perante a vida

a.    Tarefas rotineiras parecem mais difíceis
b.    Necessidade de se isolar
c.    Sono de má qualidade e não repousante
O estresse que sobrecarrega emocionalmente causa diferentes sintomas de esgotamento nervoso/burnout em cada um de nós: ansiedade, palpitações, ataques de pânico, paranoia... todos são sintomas de hiper-reatividade do sistema nervoso. Isso é bastante cansativo e nos deixa com pouca energia durante o dia. Hormônios de estresse aumentados podem interferir com a recuperação do sono profundo e nos levar a reagir de forma inapropriadamente intensa a pequenos estresses.

Como se ajudar:

Nós nos acostumamos a uma vida hiperestimulada e estar em paz e quietos parece estranho e assustador. Entenda: nosso cérebro não foi desenhado para receber a quantidade de informação com que o bombardeamos dia a dia: redes sociais e noticiários (desastres e violência), por exemplo, não nos ajudam a pensar que o mundo é um local onde podemos estar seguros. Ver telas (tablets, computador, celular) à note interfere com a produção de melatonina, o hormônio do sono, e provoca movimentos oculares que nos mantém alerta.


Tire uma folga da tecnologia sempre que possível e procure atividades que reduzem os hormônios de estresse: música, jogos (não eletrônicos!), hobbies e ioga. Faça caminhadas e pausas regulares. Deixe outras pessoas te ajudar e aprenda a pedir ajuda.