Sentimentos de tristeza, desânimo e depressão não são incomuns durante as festas de Fim de Ano. Há um encorajamento para nos sentirmos de tal forma, para sorrirmos como nas propagandas de televisão e sentímo-nos pressionados a correr para compras de Natal: presentes, alimentos, decoração da casa e do trabalho. Para muitos, este período de indulgências é bastante cansativo e visto mais como uma batalha a ser enfrentada, dominada por compras, gastos e pressões para conviver atipicamente com familiares e colegas de trabalho.
Em 2014 the Samaritans (uma organização filantrópica) observou que 45% dos homens sentem-se tristes ou deprimidos nesta época do ano. 30% referiram que dificuldades financeiras ou tensões interpessoais são as causas de seu mal-estar. Estar só nesta época do ano ou a pressão para desempenhar um nível social de intimidade praticamente fictício com pessoas distantes, podem piorar esses sentimentos.
Para ajudar a navegar emocionalmente pelas festas, escolhemos uma pequena lista de técnicas que podem aliviar a ansiedade. Lembre-se que a melhor é conversar com alguém que possa ajudar, seja um amigo, familiar ou profissional de saúde mental.
Aceite que é um período curto e deixe as decisões importantes para Janeiro
As festas de fim de Ano são um pequeno período no ano e não um julgamento pessoal sobre como você viveu ou sobre suas conquistas na vida até então. Analisar seu relacionamento com parceiro, filhos, parentes e consigo mesmo é melhor deixado para longe das luzinhas intermitentes de Natal e das representações distorcidas de família perfeita vistas na televisão.
Este pode ser um bom período para exercitar paciência (entender que vai passar logo!) e foco no momento atual e não no que o futuro pode trazer. Quanto mais resistimos às coisas que teremos que fazer de qualquer forma (como pagar impostos em Janeiro!), maior o sentimento de impotência e desespero com a falta de controle da vida.
Faça algo diferente, mas não radical!
O Natal tem duas velocidades: ou as pessoas correm freneticamente para se preparar ou ficam preguiçosamente largadas no sofá. Tente algo como um trabalho voluntário, um hobby ou terminar o projeto que vem postergando ao longo do ano. O objetivo é ter alguma sensação de controle sobre sua vida nestas semanas.
Respeite seu próprio tempo
Aceitar todos os compromissos sociais ou ficar em casa é uma escolha. Muitas de nossas emoções neste período são governadas pelo que pensamos que deveríamos estar fazendo, sentindo ou dizendo. É muito fácil se perder nessa dinâmica e fazer coisas que realmente não queria. Tente um plano alternativo ou defina limites que terminam onde inicia seu mal-estar.
Por pressões familiares você pode ter que visitar aquela tia distante, mas não é obrigado a ficar o dia inteiro (e muito menos ser forçado a beijar ninguem que não queira!). Exerça seu poder de escolha.